Segundo o vereador Alan, foi chocante e deprimente para a população mairiense vê a prefeitura local envolvida em um escândalo de repercussão nacional. A Operação Águia de Haia tenta desmontar uma facção criminosa que atua em parceria com as prefeituras para desviar recursos do Fundeb.
Segundo o Correio 24 Horas, "As investigações sobre o esquema de fraudes com verbas federais destinadas à educação básica, desbaratado ontem, 13 de julho, pela Operação Águia de Haia, revelaram a existência de um tipo de “tabela” nas negociações de empresários presos pela PF com prefeitos e secretários de cidades do interior baiano. Segundo um dos integrantes da operação, R$ 2 milhões era o valor aproximado para fechar contratos superfaturados com empresas do paraibano Kells Belarmino Mendes -  a KBM Informática e a KTech -,  em troca de 10% de propina sobre o montante. Grande parte das licitações sob a mira da PF e do Ministério Público Federal está nessa faixa. Caso das prefeituras de Ruy Barbosa (R$ 2,6 milhões ) e de Mairi, Uauá, Camamu e Mirangaba, todas em torno de R$ 2,2 milhões.
Secretaria de Educação de Mairi
Segundo o G1 Bahia, "Nas cidades baianas já existem provas da atuação do grupo e o montante de verbas públicas desviadas atinge a quantia de pouco mais de R$ 57 milhões. Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha, entre outros delitos. Cerca de 450 policiais federais participam da operação. De acordo com a PF, uma coletiva para detalhar a operação será realizada no auditório do órgão, em Salvador, às 11h desta segunda-feira".

Segundo o BN, "O esquema de corrupção praticado em ao menos 19 municípios baianos, desmontado nesta segunda-feira (13) pela Polícia Federal, usava projetos “fantasma” ou superfaturados para desviar recursos do Fundeb  – fundo de Educação do governo federal. Durante coletiva realizada na sede da Superintendência da Polícia Federal em Salvador, os delegados federais Fernando Bebert e Fábio Muniz explicaram que os intermediadores atuavam como lobistas, vendendo um “produto” que supostamente fazia a inclusão digital do município. Segundo a PF, 10% da fatura paga iria para o prefeito e 3% para o mediador. “Com certeza os gestores sabiam que eram uma fraude. Nenhum projeto chegou a ser executado. [...] Programas de prateleira que pode ser comprado a R$ 3 mil no mercado, no esquema valiam de R$ 120 mil a R$ 400 mil”, disse Bebert. Ainda de acordo com o delegado, toda a licitação era forjada, com a montagem de editais, orçamentos, pedidos e contratos. "Todas as peças eram montadas pela organização criminosa para que as prefeituras simplesmente colocassem os logotipos", diz Bebert, que confirma a participação de "prefeitos, secretários de educação e pregoeiros" no escândalo. O delegado ainda afirmou que nenhum serviço foi prestado integralmente nas cidades listadas. "Nós temos provas contundentes que quando os projetos ocorriam, era de forma parcial", completa.

Ao todo, 25 cidades foram alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Águia de Haia. São elas: Salvador, Camaçari (no distrito de Guarajuba), São Domingos, Ruy Barbosa, Água Fria, Capela do Alto Alegre, Mairi, Feira de Santana, Buerarema, Ilhéus, Itabuna, Camamu, Una, Ibirapitanga, Camacan, Mirangaba, Uauá, Teixeira de Freitas, Paramirim, Livramento, Cotegipe, Nova Soure, Itapicuru, Cipó e Ribeira do Pombal. A polícia federal se recusou a dizer quais dessas cidades tinham irregularidades, para não prejudicar as investigações.
Fotos: Blogs Agmar Rios e Mairi News
"O que nos resta é torcer para que as investigações da Polícia Federa possam realmente mostrar a verdade, uma vez que os indícios de corrupção são fortíssimos, devendo a tempo ser elucidados. A população de Mairi espera o esclarecimento total dos fatos", diz vereador Alan.

Matéria enviada pelo vereador Alan

Comentários

Postagem Anterior Próxima Postagem