O curta-metragem paranaense “A Fábrica”, dirigido por Aly Muritiba, natural de Mairi, foi pré-indicado ao Oscar 2013. A indicação foi feita na quinta-feira (29), pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que é responsável pelo prêmio. “Foi bacana. O Oscar é um festival com uma baita visibilidade. Acho que para a minha carreira será importante”, avalia o diretor.

A lista divulgada é uma pré-seleção com onze títulos que podem concorrer à estatueta. Uma nova votação, que será realizada em dezembro, irá definir os finalistas. O anúncio dos escolhidos será feito no dia 10 de janeiro.

Aly Muritiba estava em uma penitenciária gravando cenas de um novo trabalho, o filme “A Gente”, quando soube da pré-indicação. “Em um dos intervalos, fui olhar meus e-mails e vi que a notícia estava lá. Compartilhei com os caras que estavam ali filmando comigo. Foi bem legal. Fiquei super feliz”, conta.
Aly Muritiba 
Para o diretor, a indicação demonstra o quanto o filme se comunica com o público. Ele avalia que a indicação pode garantir mais tranquilidade nos próximos filmes, fazendo com que as pessoas o procurem mais, ao invés de somente ele ir atrás delas.

“Eu não fiz o filme pensando no Oscar, em festival ou em prêmio. Fiz pensando em dizer aquilo que eu queria dizer”, relata. Ele explica que a intenção era provocar reflexões sobre a vida. De acordo com a visão do diretor, o filme aborda “o quanto o amor pode vingar e acontecer em qualquer ambiente”.
Ele afirma que, mesmo em uma cadeia, não se consegue prender os sentimentos de um ser humano. “Você não consegue impedir que uma pessoa ame ou odeie”. Para Muritiba, o filme consegue transmitir essa ideia de uma maneira direta. Ele ainda ressalta que é possível entender o curta-metragem apenas o vendo, sem, necessariamente, escutá-lo.

O prédio histórico do antigo Presídio do Ahu, na capital, é um dos principais cenários do filme. O diretor conta que gravar no presídio fez toda a diferença no filme. Ele acredita que se tivesse filmado em um estúdio, não teria conseguido otbter nem metade do resultado final produzido. “Foi ótimo. Acho que, de alguma maneira, parte da energia daquele lugar e das pessoas que estiveram lá se impregnou à equipe e, por consequência, ao filme”, relata.

“A Fábrica” conta a história de um presidiário que convence a mãe a arriscar a própria segurança e levar um aparelho celular para ele dentro da penitenciária. O curta foi gravado em três dias no mês de março de 2011. O diretor conta que foram dois meses de pré-produção.

Entre os prêmios conquistados pelo filme, estão  as categorias de curta-metragem de melhor filme segundo júri popular, melhor roteiro e melhor atriz para Eloina Duvoisin no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 2011. No total, a produção já recebeu 60 prêmios em festivais.

As informações são do G1 Paraná

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